(Uma família de kelpers em Stanley)
A maior parte das pessoas que vive nas Ilhas Falkland são de descendência britânica, originárias dos fazendeiros de ovelhas e colonizadores que vieram para as ilhas por vontade própria e por marinheiros que chegaram e simplesmente nunca mais saíram. As pessoas das ilhas são muito amigáveis e são fáceis de se aproximar. Até a chegada da tecnologia trazendo vídeo e televisão para as ilhas, o rádio e o telefone eram o único meio de comunicação. O resultado disso é que cada colônia era isolada e desenvolveu sua própria vida em comunidade. Da população total de 2.200 habitantes, em torno de 1.600 vivem em Stanley – o restante vive no interior (camp). Esses números não incluem os militares e contratados da base militar, que adicionariam mais ou menos uns 2 mil ao número de residentes. A porcentagem de “kelpers”, como são chamados os nativos das Ilhas Falkland, vivendo em Port Stanley aumentou na última década quando a base econômica mudou da produção de lã para serviços e a indústria da pesca.
(O interior das Ilhas Falkland)
Viver no interior nunca foi fácil; os habitantes tinham que ser autossuficientes e hábeis a resolver com suas mãos o que aparecesse. O único combustível por muitos anos foi a turfa, que precisava ser escavada no verão para secar antes de poder ser usada. Cada colônia tinha sua própria loja e, se grande o suficiente, uma pequena escola. Viver no interior e estar em sintonia com as estações era uma parte importante da vida. Novembro era a época do ano quando o “colocar dos ovos” acontecia, quando os pinguins se juntavam e ovos de albatroz para suplementar a dieta dos habitantes. Mais tarde no verão, frutos vermelhos comestíveis eram coletados para fazer conservas e doces. Esperava-se dos homens que cuidassem das ovelhas e seus cães, escavar turfa e fazer toda a manutenção, enquanto as mulheres cozinhavam e cuidavam da casa e da família.
(Protesto em Stanley contra o referendo que poderia tirar a soberania do Reino Unido sobre as ilhas)
Em anos recentes está ocorrendo um fluxo corrente de trabalhadores de Santa Helena para se juntar aos britânicos, e um pequeno número de chilenos mora nas ilhas. Não há língua nativa nas ilhas mas há um sotaque identificável que tem suas origens no interior do oeste da Inglaterra. Algumas palavras são pronunciadas de forma diferente das iguais no Reino Unido. Partes do equipamento dos cavalos ainda são chamadas pelos nomes dados pelos gaúchos da América do Sul que viveram nas ilhas no século 18.